Cally Logan traz orientações aos pais sobre como abordar esse tema tão difícil com as crianças com sabedoria bíblica.
Uma escritora cristã traz orientações aos pais sobre como abordar a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas com as crianças.
Cally Logan, que também é professora de História, explica que o assunto é difícil de ser compreendido até por adultos, no entanto, “é vital que abordemos tudo o que está acontecendo com um coração sério e em oração”.
Ela diz que isso é importante para ajudar a equipá-los não apenas agora, mas para o futuro, uma vez que outros eventos semelhantes acontecerão.
Buscar sabedoria de Deus
Autora do livro “Querido Futuro Marido: Uma Jornada de Carta de Amor Enquanto Espera pelo Melhor de Deus”, Cally explica que a primeira atitude antes de conversar sobre os acontecimentos em Israel com os filhos deve ser a oração.
“O aspecto mais importante da partilha com as crianças na sua vida começa por perguntar a Deus como, quando e até que ponto partilhar [o que está acontecendo]”, diz.
“Deus conhece os seus filhos melhor do que você, e Ele gentilmente nos dará sabedoria e discernimento sobre como abordar assuntos complexos quando olharmos para Ele”, justifica a escritora, citando o texto de Tiago 1:5, que estimula os cristãos a pedirem sabedoria a Deus.
Segundo Cally, essa também pode ser uma oportunidade para ajudar seu filho a crescer em sabedoria. Ela dá o seu próprio exemplo, contando que recebeu as informações de seus pais, quando ela tinha apenas nove anos de idade, sobre os ataques de 11 de setembro que havia acabado de acontecer.
“Meus pais abordaram a situação comigo e a forma cuidadosa me ajudou em minha própria visão de mundo e perspectiva de outros eventos horríveis no futuro”, relata.
“Tenha em mente que, dependendo da idade do seu filho, você precisará usar certas frases e detalhes personalizados sobre o que exatamente está acontecendo. Esteja atento também aos pequenos ouvidos ao ligar a televisão”, diz, lembrando a importância de “navegar com Deus mesmo enquanto você fala com eles em tempo real”.
Guerra espiritual
Cally diz que é preciso ir além do que acontece no mundo natural e partilhar com as crianças “que há muito mais em jogo do que apenas nações umas contra as outras”.
Sobre isso, ela cita Efésios 6:12 que diz: “Porque não lutamos contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste mundo, contra a maldade espiritual nos lugares celestiais”.
“Não se trata apenas de humanos contra humanos, mas de forças maiores que estão tentando causar estragos neste mundo”, afirma.
“É aqui que você precisa ensinar aos seus filhos que, sim, os seres humanos fazem coisas horríveis, mas servimos a um Deus que é muito maior que o homem e o Diabo, que é, em última análise, quem está tentando causar tal horror”, diz.
Cally diz que devemos também estar conscientes em nossos próprios corações de que, por mais fácil que seja ver aqueles que estão matando e ferindo como inimigos, eles são humanos enganados por Satanás.
“Essas pessoas ainda são criações de Deus e são feitas à Sua imagem (Gênesis 1:27). Eles podem não ser Seus filhos, pois ser filho ou filha de Deus vem através do renascimento espiritual por meio do Espírito Santo”, explica, citando João 3:5-8.
Ela diz que devemos “encorajar nossos filhos a orar por essas almas perdidas, para que possam ficar sob o arrependimento e a convicção, e não mais sob o domínio e a influência de Satanás”.
“Quando humanizamos essas pessoas, é então que podemos vê-las como Deus as vê, como pecadores que acreditam nas mentiras de Satanás, necessitando desesperadamente de um Salvador”, explica.
Mas diz que “humanizá-los não significa de forma alguma que concordamos com o que fazem, nem os celebramos, mas podemos orar por aqueles que perseguem os filhos e a criação de Deus”.
E continua: “Podemos orar para que a obra de Satanás seja sufocada e terminada, porque aqueles que estão sendo usados como seus fantoches não serão mais enganados”.
Incentive seus filhos a orar
Cally diz que qualquer que seja a idade do filho, os pais podem incentivá-lo a orar. “Essas orações podem ser feitas antes de dormir, na hora das refeições ou em um determinado horário do dia, para que eles se lembrem diariamente de elevar o povo escolhido de Deus em Israel em oração, não apenas neste momento, mas também no futuro”.
“Israel é a Terra Prometida e a terra do povo escolhido de Deus. Por causa deste fato e de todas as profecias do Dia do Fim, sabemos que a perseguição a Israel não termina aqui”, avalia.
Cally diz que entramos no Fim dos Tempos assim que Jesus ascendeu ao Céu, e até que Ele retorne, o Diabo tentará causar problemas:
“Não precisamos temer ou incutir ansiedade nas crianças; em vez disso, encoraje-os a orar por Israel e a amar o povo de Deus. Também podemos encorajá-los a orar contra o mal, a orar pela mão de Deus no nosso mundo e nos acontecimentos, e a defender Deus, independentemente do que esteja acontecendo. Este pode ser um lugar onde você incentiva seu filho em sua vida de oração por coisas maiores do que apenas nossas vidas diárias”.
Treine-os para abordar situações difíceis
Cally lembra que é provável que as crianças ouçam várias opiniões sobre o tema de Israel, inclusive na escola. “Mas este é um lugar onde você pode encorajar o seu filho a defender Deus, mesmo que esteja sozinho”, diz citando Efésios 6:11.
Ela explica que esta não será a última vez que seu filho enfrentará situações em que as pessoas ao seu redor podem não concordar com o que a palavra de Deus diz, mas você pode ajudar a incutir nele o que é necessário para que ele permaneça de pé, mesmo que esteja sozinho na situação.
“Dependendo da idade da criança, escolha versículos bíblicos sobre por que apoiamos Israel e o que significa o fato de Deus ter escolhido tal povo para ser Seu. Além disso, aproveite a oportunidade para educá-los sobre por que ferir, prejudicar e matar outras pessoas, especialmente os inocentes, é moral, eticamente e hereditariamente errado”, diz.
E continua: “Equipá-los desde cedo com a armadura de Deus e educá-los sobre como ver as ações dos outros irá ajudá-los à medida que se tornam adultos”.
Por Guiame.